As flores
nascem às pencas, dia a dia, sol a sol
Ignorando as
lanças pontiagudas das cercas enclausuradoras
Belas,
perfumadas, de matizes cmyk, rgb e até pantones
Enquanto
pensamentos e palavras ferem, fétidos e fúteis
É gol! Grito...
burburinho... ceva... bandeiras tremulando
Morreu!
Capela tal... café preto... era uma boa pessoa...
Amemos enquanto
forças tivermos
Nossas
dobradiças enferrujarão inexoravelmente
Ao som de
rock, funk, pagode... ou sem fundo musical
Silêncio que
pode ser transporte ou sepulcro, sabe-se lá
Azul ou
vermelho? Vista-se dos dois, e verde... amarelo... roxo!
Não
critique... ajude. Não duvide... acredite. Não desista... faça.
Ame... ou
não. Viaje... ou não. Tenha filhos... ou não.
Abra-se ao
inusitado, à surpresa... Inove. Multiplique-se.
Banhe-se de
chuva, de mel, de chantilly, de saliva...
Sorria de
tudo, pra todos, em todo lugar, sozinho. É fácil.
E chore
pipas pelo amigo, pelo time, pelo amor volátil.
Não tenha
medo e cuide-se!
Feche os
olhos mas, lembre-se, mantenha-os sempre abertos.
Amanhã é
outro dia... e pode fazer um sol maravilhoso.
Ou chuvas,
raios e trovões.
Escolha.
Afinal, as
flores nascem às pencas, dia a dia...