quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Black Sabbath no Sarandi...

Escuto até Luan Santana no meu dia a dia, pois é impossível desligar rádios, tvs, os computadores de todo mundo que, eu aceito e respeito, gostam do Luan Santana. Tudo bem... Cada um, cada um. Tem os do pagode, os do funk, os gaudérios da música tradicionalista, o sertanejo, os sambistas, o pop, o tecno, o clássico, o charm, a salsa, a rumba, a lambada (lembram dela?). Pois é, ritmo, embalo, formas de se mexer e de dançar e de cantar e de suar e de render homenagens à música não faltam. São centenas, milhares, eu acho. E curto demais o fato de, vira e mexe, ter um festival de rock aqui, uma pagodeira ali, uma festaneja acolá. Não existe, na minha concepção, momento de maior congraçamento e integração entre seres humanos do que num encontro musical: todos ficam iguais, e isso é muito bom. Voltando aos tipos de música: tem gente pra consumir tudo isso. E idolatrar artistas, santificar vocalistas, colocar nos céus cantoras e cantores que, seja por que motivo for, fazem as suas cabeças, seus corpos, suas mentes. Respeito, pois, todos os gostos, ritmos, artistas que, a seu modo, fazem esse bem impagável e inigualável que é proporcionar minutos ou algumas horas de êxtase coletivo, independente do suingue em questão... Viva a música!
Só que dentro desse mundo música, dentro desse imenso e heterogêneo setlist de cantores, cantoras, bandas, ritmos e tudo mais, cada ser humano, cada um de nós, vai guardando em seu hard disk mental aquelas e aqueles que mais se encaixam, fecham, unem, batem, brilham, mexem, cutucam, arrepiam, fazem chorar, rir às pencas, fechar os olhos, viajar...
Eu, agora. Ouço de tudo. Sou eclético. Não tenho preconceitos com nenhum gênero musical, apesar de gostar quase nada de alguns poucos, muito pouco de outros e praticamente não ouvir uma quantidade considerável de... de... ritmos musicais, vamos deixar assim. Não gosto, porém os respeito e os aceito. Lembra lá de cima: cada um, cada um!
Tenho os meus gostos. E, como você e os seus, certamente, os considero os melhores. E dentre eles não vejo, ouço, sinto nada mais legal que um rasgado solo de guitarra dentro de um ensurdecedor e bem calibrado rock'n roll. Talvez minha tendência de gosto seja maior pro rock progressivo da antiga, mas o termo rock'n roll, mais abrangente, genérico, geral, se encaixa melhor.
Lá atrás, “há poucos anos”, escutava Beatles, Rolling Stones, Sex Pistols, Led Zeppelin, Gênesis, Yes, The Who, Alice Cooper, Deep Purple, U2, Creedence Clearwater Revival, Kiss, Metallica, Iron Maiden, Uriah Heep, Pink Floyd (aspas pra ele: “a banda”, entre todas as outras, na minha humilde opinião), e aprendi a gostar com o passar dos anos de bandas mais atuais, como Coldplay, Red Hot, Alice in Chains, Foo Fighters, Linkin Park... enfim, faltaria espaço pra enumerar tanta gente boa que tá mandando bem nos dias de hoje.
Só que na listinha dos “dinossauros” aí de cima, você deve ter sentido a falta de alguém, né? Pois não é que esse dinossauro que falta ali na linha dos meus favoritos estava ontem, numa linda noite de primavera, com sua formação praticamente original e histórica, a poucos metros da freeway, cara! Na Assis Brasil, aqui em Porto. No estacionamento da Fiergs... no Sarandi! Isso mesmo. Black Sabbath, a lenda maior do heavy metal mundial, tocou ontem no Saranda. Com Ozzy Osbourne cada vez mais louco e jovem nos vocais. Os guitarristas da antiga e seus rifs alucinantes e um batera monstro, que abriu nossas cabeças a baquetaços escavadores (uma ressonância magnética jamais conseguiria resultados melhores...).
O Black Sabbath me acompanhou durante o começo e toda adolescência, a juventude inteira, pela vida adulta e, “se Deus quiser”, terá participação especial na trilha sonora do meu “electric funeral”...
Thanks, Black Sabbath.

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