sábado, 27 de agosto de 2011
Hello Goodbye
Oi! E aí... tudo bem? Tudo! Na luta, né? É. Tem que ser. Não dá pra parar. Às vezes, só. O quê? Parar. Como, parar? Não, não é bem parar, é largar tudo, não se grilar, não... Esquentar? É, ficar frio, distante, longe... E aí? E aí o quê? O que que se faz? O que que se faz o quê? Quando se larga, se fica frio, longe, se vive do quê? Do resto, porra! Resto?! É, das pequenas grandes coisas: os loucos e agudos acordes de um rasgado rock'n roll, a prosa descompromissada com aquela senhora cheia de pacotes com frutas no terminal de ônibus do mercado, aquele conserto esperto na torneira da cozinha que xaropeava a noite toc-toc toda, aquele pãozinho quentinho com manteiga (se bem que uma fatiazinha de queijo sempre vai bem) da confeitaria do seu... seu... como é mesmo o nome? Não precisa. Não precisa o quê? Não interessa o nome do homem da padaria... Como, não? É importantíssimo, até porque isso é uma das pequenas grandes coisas mais sensacionais que existem: descobrir nomes de pessoas por quem cruzamos algumas vezes e menos vezes ainda conversamos abertamente com elas... Tá, e daí? Tem mais. Mais? Claro, a batida forte da onda contra o teu peito, a flor que insiste em brotar em meio a milhões de paralelepípedos geralmente retangulares,cinzas e frios. Bonito! O quê? Tudo que tu tá falando aí. Mesmo? Gostou? Claro, é um pensamento pra viajar, libertador, pra romper amarras, afinal, nós não somos só carne, né, temos cabeça para ir aonde quisermos. Isso, tu sacou tudo, cara! E tem mais, é só a gente... Opa! Apagaram a luz. Que horas são, Moisés? Dez, tá na hora. Ô, Pedrão, dá uma força, deixa a luz mais cinco minutos. Vai à merda! Esse Pedrão é um fudido! Não esquenta, cara... Não esquentar? Como? O homem é um carrasco, não podia deixar só mais cinco minutos a luz acesa? É a regra, Laurindo. Regra, regra, regra, no cu com regras. Hoje mesmo vou pensar em algum jeito de sair dessa bosta de presídio. Não esquenta, Laurindo, não esquenta... Lembrei!! Que foi, cara? Lembrei! Lembrou do quê? Do nome. Que nome? Do nome do homem da padaria que vendia pãozinho quentinho pra comer com manteiga... Aaaa! Quer saber? O quê? Quer saber o nome dele? Sinceramente? Claro, sinceramente. Não, não quero. Boa noite, Laurindo. Boa noite, Moisés.
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